SÚPLICA
DE UMA MOÇA DE PROGRAMA
1
Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales.
2
Qual o lírio entre espinhos, tal é a minha querida entre as donzelas.
Cântico
dos Cânticos de Salomão, cap. 2:1 e 2.
Salomão, escritor, poeta, juiz, compositor e pregador de DEUS.
Senhor
DEUS,
Fui
jogada na lama
Como
uma porca
E
em mim todo homem bota
A
sua mão.
Negaram
a minha decência
Quando
me levaram à falência
Fechando-me
as portas
Do
trabalho digno
Como
se Eu não precisasse de abrigo,
De
roupa e de alimentação.
“O
modo de compensar uma janela fechada é abrir outra.”
Machado de Assis
(1839-1908), escritor e poeta brasileiro.
Senhor
DEUS,
Será
que Eu
E
todos os filhos Seus
Que
foram lançados neste charco,
Somos
piores do que os demais
Que
comandam os arsenais
Da
droga, da prostituição, do aborto
E
da pena de morte?
“A impunidade é o colchão dos tempos: dormem-se ali
sonos regalados. Casos há em que se podem sonhar milhares de contos de réis...
e acordar com eles na mão.”
Machado de Assis
(1839-1908), escritor e poeta brasileiro.
Não
sou nenhuma mosca azul
Que
anda a cata de estrelato,
Mas
procuro de fato
A
paz de consciência
Na
minha existência.
Não
posso crer
Que
todos nessa sociedade
Continuam servindo a iniquidade.
“A realidade é o
luto do mundo, o sonho é a gala.”
Machado de Assis
(1839-1908), escritor e poeta brasileiro.
Mas,
Senhor DEUS,
Cuida
de nós
E
quebre esses nós
De
vergonha mundial.
“Dissecou-a, a tal
ponto, e com tal arte, que ela,
Rota, baça, nojenta, vil
Sucumbiu; e com isto esvaiu-se-lhe aquela
Visão fantástica e sutil.”
Rota, baça, nojenta, vil
Sucumbiu; e com isto esvaiu-se-lhe aquela
Visão fantástica e sutil.”
Machado de Assis
(1839-1908), escritor e poeta brasileiro.
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