quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

BESTA PRODIGIOSA


BESTA PRODIGIOSA
11 Vi outra besta subir da terra; possuía dois chifres, semelhantes aos de um cordeiro, mas falava como dragão.
Apocalipse de JESUS, segundo João, cap. 13:11.

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Dois chifres: entre o bem e o mal

O mau programa de televisão
Forma uma imagem da besta
Que marca a fronte de muitos
Com toda exatidão.

A sua palavra dita
Sempre multiplica
A sua má realização.

Ela percorre mundos
E também submundos
Em grandes proporções.

MARCA NA MÃO
16 A todos,os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita, ou sobre a fronte,
17 para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tenha a marca, o nome da besta, ou o número do seu nome.
Apocalipse de JESUS, segundo João, cap. 13:16 e 17.

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São João, escritor, evangelista, profeta, jornalista, repórter e apóstolo de JESUS

A palavra escrita
Quando complica
A vida de muitas gentes
Que vegetam indiferentes
Ao seu glorioso destino,
É um sinal bestial.

“A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde.”
André Maurois, romancista e ensaísta francês (1885-1967).


Portanto, o escritor
Que usa a sua pena
Para ampliar o dilema
Na vida das criaturas,
Tem a sua marca na mão.

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Quem canta para seduzir
Tem a marca do dragão
Em sua composição.

Quem escreve um livro
Com fundo pornográfico
E amplia o tráfico,
Está marcado pela besta.

“Os homens entregam a alma como as mulheres o corpo, por zonas sucessivas e bem defendidas.
André Maurois, romancista e ensaísta francês (1885-1967).

A má conversação
É uma ação
Da besta.

Daí podemos ver
Que ela está sempre a fazer
Muitos infelizes prodígios.

Quem lhe dá o corpo
Grande ou pequeno
É sempre o Ser Humano,
Que se deixa ao abandono
Dos seus maus pendores.

Por que ninguém consegue matá-la?
Porque toda criatura
Que vegeta no erro
Segue com desvelo
Esse monumento de insensatez.

“O raciocínio pode servir para demonstrar com certa aparência de solidez as teses mais absurdas.
André Maurois, romancista e ensaísta francês (1885-1967).

Ela marca pequenos e grandes,
Livres e escravos,
Que vão por todos os lados
Fazendo as suas prevaricações.

Marca reis e rainhas,
Príncipes e princesas,
Nobre e plebeu,
Porque antes de marcar
A fronte ou a mão,
Marcou o seu Eu.

“Não basta ter Espírito. É preciso tê-lo o bastante para abster-se de tê-lo em demasia.”
André Maurois, romancista e ensaísta francês (1885-1967).

Então, o ser humano onde vai
Pelo pensamento, palavra  e ação,
Fica sob a servidão
Do infeliz satanás
Que deixa na mão do seu capataz
Chamado morte
Multidões e multidões.

“A morte não pode ser pensada, pois é ausência de pensamento. Temos de viver como se fôssemos eternos.

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André Maurois, romancista e ensaísta francês (1885-1967).

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