Depois
destas coisas vi descer do céu outro Anjo que tinha grande autoridade, e a
Terra se iluminou com a Sua glória.
Apocalipse de JESUS, segundo João, cap. 18:1.
São Miguel Arcanjo
Agora nós vamos
A um cavalo enorme
Que toda pessoa socorre
No afã de suas conquistas
Mais esquisitas.
Esse cavalo é disforme
E sempre corre
Conforme
O desejo do seu possuidor.
É um cavalo sem cor definida
Porque brinca com a vida
De todas as gentes,
Que bebem as suas águas frementes
E com elas se embriagam.
É a grande Babilônia,
A cidade que o homem sonha
Sempre conquistar
Para poder ficar
Com as grandezas humanas
Sem medir as consequências.
Aí ele compra e vende
O que bem entende;
Seja alma de homem, de mulher,
De ancião, de jovem e de criança,
Para acabar com a Esperança
Em dias melhores.
“Levantem-se, oh Leões, e abandonem a ilusão
de que são ovelhas; vocês são almas imortais, espíritos livres, abençoados e
eternos; vós não sois a matéria, vós não sois corpos; a matéria é sua serva, e
não vocês, os servos da matéria.”
Swami Vivekananda
- monge hindu e
líder espiritual indiano (1863 - 1902).
Quem pode ser feliz
Sendo comprado como um objeto
Num mercado aberto
Pelo poder do dinheiro?
Nela, toda pessoa
Por um pedaço de pão
Lava o seu chão.
“Mocidade presa
A tudo oprimida
Por delicadeza
Eu perdi a vida.
Ah! Que o tempo venha
Em que a alma se empenha.”
A tudo oprimida
Por delicadeza
Eu perdi a vida.
Ah! Que o tempo venha
Em que a alma se empenha.”
Arthur Rimbaud – escritor francês
(1854-1891).
Essa instituição criminosa
É a cidade, cuja fumaça
Já sobe ao céu
Embaçando o véu
Das belas ações.
Você percebeu,
E como Eu,
Sabe que não é um monstro
De sete cabeças,
Mas algo que muita gente ajeita
Para se beneficiar.
Não é um monstro com diademas,
Essas joias supremas
Que enfeitam a fronte dos reis,
Mas é algo tão sutil
Que a pessoa lhe é servil
Sem ao menos perceber
O mal que está a fazer
A si própria.
Ela está em toda parte
Fazendo o seu desastre
E enganando a muitos.
Povos ricos e pobres,
Plebeus e até os nobres,
Vão a busca dos seus favores
Para depois sofrerem os horrores
No seu Lago de Devassidão.
“Deixe um homem descer tão baixo quanto
possível. Virá um tempo quando, por puro desespero, ele tomará uma curva
ascendente.”
Swami Vivekananda
- monge hindu e
líder espiritual indiano (1863 - 1902).